“Caminhos de Pedra: o Tempo e Memória na Linha Palmeiro” um case de sucesso no turismo de experiência inspirando outras localidades.
O documentário “Caminhos de Pedra: o Tempo e Memória na Linha Palmeiro” de Pedro Zimmermann (Brasil, 2008) conta a história de um dos primeiros grupos de italianos a chegar ao Rio Grande do Sul, na segunda metade do século 19. O filme se passa na antiga Linha Palmeiro, nas imediações de Bento Gonçalves, onde as famílias recomeçaram suas vidas no Brasil e construíram suas casas de pedra - hoje, pontos turísticos da região. Embora mantenha vivas muitas de suas características culturais originais, o lugar passou por fortes modificações ao longo dos anos. As aparelhagens modernas aplicadas ao cultivo da uva, principal ocupação e fonte de renda dos habitantes do local, contrastam com elementos seculares, como a roda d'água, as rodas de carroça, as ruínas de pedra, as casas abandonadas ou transformadas em estrebaria, além, é claro, das estradas de chão. Esta coexistência entre o novo e o velho, o moderno e o tradicional, e os conflitos dela decorrentes, é a tônica do documentário, que conta um fragmento importante da história do Rio Grande do Sul através de um olhar contemporâneo e universal.
Angela Martins, a idealizadora do documentário, conta que quando conheceu os Caminhos de Pedra, se apaixonou pelo lugar e viu que rendia muitas histórias. “É interessante ver como o turismo está tão ligado com a cultura”, observa ela. E a comunidade local se empenhou na produção e participou efetivamente das gravações. “Foram mais de 50 atores”, destacou Nestor Forest, secretário executivo da Associação Caminhos de Pedra. Segundo ele, o filme é um estímulo que a cidade precisava para despertar o interesse em conhecer a história de Bento Gonçalves. “E cada escola ganhou uma cópia do vídeo”, salientou Forest.
Além das belas imagens da natureza e da arquitetura, o vídeo traz relatos de personagens marcantes da localidade como o artista plástico João Bez Batti e alguns dos moradores mais antigos da localidade. O diretor do documentário, porto-alegrense Pedro Zimmermann, viu que era a hora certa de fazer o documentário, pelo próprio interessa da população da Linha Palmeiro, que a partir dos anos 80, começou um processo de revitalização e resgate da cultura.
O filme representou Bento Gonçalves no circuito da 2ª edição do “Tour Film Brazil” (2011), que integrou o circuito mundial de filmes de turismo – “Festivals du Film Touristique”, onde conquistou o prêmio de Melhor Filme Brasileiro, com o troféu Arara de Ouro.
FICHA TÉCNICA
Título: Caminhos de Pedra: o Tempo e Memória na Linha Palmeiro
Direção: Pedro ZimmermannGênero: Documentário
Duração: 52 minutos
País: Brasil
Ano: 2008
Classificação: Livre
EQUIPE
Concepção do Projeto: Angela Martins
Direção: Pedro ZimmermannRoteiro e Assistência de Direção: Pedro Lucas
Produção: Aletéia Selonk e Angela Martins
Produção Executiva: Aletéia Selonk e Alexandre Martins
Direção de Produção: Marina Volpatto
Coordenação de Produção: Ramiro Azevedo
Produção de Set: Roque Rodrigues
Design Gráfico: Áudrea Martins
Direção de Fotografia: Eduardo Amorim
Assistência de Câmera: Felipe Rosa
Maquinista: Christian Spannenberg
Eletricistas: Flávio Pinheiro de Souza e Guilherme Menegotto
Som Direto: Guilherme Algarve
Desenho de Som: Cristiano Scherer
Assistência de Edição de Som: Tiago Bello
Assistência de Mixagem: Fernando Dimenor
Estudio de Mixagem 5.1: Tec Audio
Montagem: Eduardo Pua
Música: Jorge Meletti
Finalização de Imagem: Catraca Filmes
Equipe Catraca Filmes: Gabriel Ferronatto, Gustavo Mittelmann, Marcio Toson, Rafael Braga, Roberto Lima
Trilha Sonora Original: Jorge Meletti
Motoristas: André Farias Cougo e Douglas Daguerre
Produção: Okna Produções
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